quarta-feira, 27 de junho de 2012

VerdeGaio

F.L.1941

"Verdegaio", uma melodia popular que Armando Leça, o musicógrafo caminheiro, recolheu nos arredores de Leiria (1939/40)...  
Armando Leça, "realizou registos sonoros em todas as províncias do território continental, sendo o primeiro levantamento músico-popular no nosso país" (daqui); outros, posteriormente, deram continuidade a esse trabalho (verbete de 02.03.2011)



(imagens retiradas daqui)

terça-feira, 26 de junho de 2012

AMÁLIA em Leiria


Plat.

Parece que as ligações de Amália a Leiria não terão sido as melhores, pois não!?... 
Pois, sim!...

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Pois bem!


Nesta época de crise, desalento e pobreza, em que se começa a ter dúvidas sobre a viabilidade de PORTUGAL, faz-nos bem recordar, ainda que seja com um sorriso, este poema do poeta AFONSO LOPES VIEIRA...
Por uma vez, alguém, que contrariando este fado português se mostra cheio de um amor próprio que nos devia inspirar


Se um inglês ao passar me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
se tens agora o mar e a tua esquadra ingente,
fui eu que te ensinei a nadar, simplesmente.
Se nas Índias flutua essa bandeira inglesa,
fui eu que t'as cedi num dote de princesa.
e para te ensinar a ser correcto já,
coloquei-te na mão a xícara de chá...

E se for um francês que me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Recorda-te que eu tenho esta vaidade imensa
de ter sido cigarra antes da Provença.
Rabelais, o teu génio, aluno eu o ensinei
Antes de Montgolfier, um século! Voei
E do teu Imperador as águias vitoriosas
fui eu que as depenei primeiro, e ás gloriosas
o Encoberto as levou, enxotando-as no ar,
por essa Espanha acima, até casa a coxear

E se um Yankee for que me olhar com desdém,
Num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Quando um dia arribei á orla da floresta,
Wilson estava nu e de penas na testa.
Olhava para mim o vermelho doutor,
— eu era então o João Fernandes Labrador...
E o rumo que seguiste a caminho da guerra
Fui eu que to marquei, descobrindo a tua terra.

Se for um Alemão que me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Eras ainda a horda e eu orgulho divino,
Tinha em veias azuis gentil sangue latino.
Siguefredo esse herói, afinal é um tenor...
Siguefredos hei mil, mas de real valor.
Os meus deuses do mar, que Valhala de Glória!
Os Nibelungos meus estão vivos na História.

Se for um Japonês que me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Vê no museu Guimet um painel que lá brilha!
Sou eu que num baixel levo a Europa á tua ilha! 
Fui eu que te ensinei a dar tiros, ó raça
belicosa do mundo e do futuro ameaça.
Fernão Mendes Zeimoto e outros da minha guarda
foram-te pôr ao ombro a primeira espingarda.

Enfim, sob o desdém dos olhares, olho os céus;
Vejo no firmamento as estrelas de Deus,
e penso que não são oceanos, continentes,
as pérolas em monte e os diamantes ardentes,
que em meu orgulho calmo e enorme estão fulgindo:
— São estrelas no céu que o meu olhar, subindo,
extasiado fixou pela primeira vez...
Estrelas coroai meu sonho Português!

P.S.
A um Espanhol, claro está, nunca direi: — Pois bem!
Não concebo sequer que me olhe com desdém.

(Recebido por e-mail)

domingo, 10 de junho de 2012

JOSÉ MATTOSO


Quem não se lembra de ter estudado pelo Mattoso? Sim, aqueles fantásticos, imensos manuais de História ... o autor, António Gonçalves Mattoso, foi professor na Escola Industrial e Comercial de Leiria e é o pai do historiador e professor José Mattoso, natural da bela cidade do Lis .
Levantar o Céu - Os Labirintos da Sabedoria é o seu livro mais recente, acabado de publicar, do qual fala nesta entrevista.

sábado, 2 de junho de 2012

AMIGOS SINCEROS


in Feira da Ladra

Para além dum lição acerca da Amizade, uma outra se retira ainda deste texto do tempo em que os proprietários eram "à séria"... duns e doutros, agora ainda haverá alguns; encontrá-los... como agulha em palheiro!...